sábado, fevereiro 19, 2011

Como Vencer Um Debate Sem Precisar Ter Razão - Artur Schoppenhauer - Parte 1

Os 38 estratagemas da Dialética Erística



1) AMPLIAÇÃO INDEVIDA: Levar a afirmação do adversário para além de seus
limites e exagerá-la. Antídoto = dos puncti ( dos pontos) ou status
controversiae = maneira de controvérsia. Ingleses como nação do gênero
dramático = na música e na ópera eles nunca foram importantes. A paz de
1814, …cidades hanseáticas alemãs; B) instancia in contrarium, (…)
Danzig perdeu a independência; pois Danzig é uma cidade polonesa; (
Aristóteles, Tópicos, Livro III, Cap.12,11.) Lamarck (Philosophie
zoologique, vol. I, p.203). Os pólipos- mônada; o mais perfeito dos seres
vegetais.”
2) HOMONÍMIA SUTIL: A importância de usá-la. Synonyma são duas palavras.
Homonyma são dois conceitos. Aristóteles, Tópicos, Livro I, Cap.13.
Baixo, agudo, alto = homônimos; honesto, sincero = sinônimos. Sofisma ex
hononymia. Lumen = sentido literal e figurado. Ex.1: Os casos inventados
não são capazes de ser enganadores. A+B= os mistérios da filosofia de
Kant.; Ex.2: A crítica de honra de qualquer pessoa e sua resposta
dialética = hononímia, a honra civil pelo conceito de point d´honneur -
ponto de honra- injúria. Mutatio controversiae- mudança dos pontos
conflitivos em dicussão.
3) MUDANÇA DE MODO: No modo relativo “KATA TÍ” (grego) no modo absoluto
= simpliciter- aplos (grego) absoluto. Aristóteles dá exemplo: O mouro é
negro, mas nos dentes é branco. Ao mesmo tempo negro e não negro. Ex.1 Os
quietistas. Hegel e seus escritos. Crítica ad rem, e formulação do
argumentum ad hominem = elogio aos quietistas e eles escreveram muitas
coisas sem sentido. Ataquei a argumentação do adversário e mencionei
Hegel. Estes 3 estratagemas são afins. Estratagema = ignoratio elenchi (
ignorância do contra- argumento). O adversário não consegue fundamentar a
sua tese, pois cai em contradição. Refutação direta de sua refutação =
per negationemum consequentiae. Regras 4,5.
4) PRÉ-SILOGISMOS: Admissão de cada conclusão uma de cada vez, e a
utilização do pré- silogismo, isto é, as premissas das premissas; sem
ordem e confusamente.
5) USO INTENCIONAL DE PREMISSAS FALSAS: Necessidade alguma de uso de
proposições falsas, se o adversário aceitar as verdadeiras. Proposições
falsas mas verdadeiras ad hominem, e argumentaremos ex concessis, a
partir do modo de pensar do adversário. O falso como verdadeiro e viceversa.
Se ele é militante de uma seita, podemos argumentar contra ele,
como principia (Princípios) as máximas dessa seita. Aristóteles, Tópicos,
Livro VIII, Cap. 9.
6) PETIÇÃO DE PRINCÍPIO OCULTA: Petitio Principii : 1) nome distinto =
boa reputação- no lugar de honra, virtude em vez de virgindade; animais
de sangue vermelho, em vez de vertebrados; 2) aceitar aquilo de um modo
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geral o que é controvertido, particular, como a medicina no exemplo de
incerteza; 3) Duas coisas são consequencia uma da outra; 4) Para
demonstrarmos uma verdade geral e que se admitam todas particularidades.
7) PERGUNTAS EM DESORDEM: Para confrontar o que se diz é necessário que
o adversário ou o outro faça perguntas para concluir a verdade. Método
erotemático = do grego Eromai = perguntar, interrogar” usado pelos
antigos = método socrático = a partir do LIBER de elenchis sophisticis,
Cap. 15, de Aristóteles. Os que com lentidão não conseguirão entender a
discussão.
8) ENCOLERIZAR O ADVERSÁRIO: Encolerizar o adversário, pois ele não
será capaz de se raciocinar corretamente. E o tratando com insolência,
desprezo.
9) PERGUNTAS EM ORDEM ALTERADA: Perguntas num modo organizado = o
adversário não conseguirá saber aonde queremos chegar. Podemos usar disto
para tirarmos vantagens.
10) PISTA FALSA: Se o adversário responde pela negativa às perguntas
afirmativas, então devemos perguntar o contrário, de modo que se não
perceba qual delas queremos afirmar.
11) SALTO INDUTIVO: Se fizermos uma indução e o adversário o toma em
casos particulares e nisto podemos levá-lo à crer que a admitiu, e o
mesmo aos ouvintes, que não podem deixar de levar à conclusão.
12) MANIPULAÇÃO SEMÂNTICA: Discurso como metáfora e metáfora que mais
favoreça a nossa tese. Na Espanha os dois partidos políticos serviles e
liberales. O nome “protestantes” como evangélicos. O nome hereges, foi
escolhido pelos católicos. Transformação pelo adversário e nós =
subversão; a primeira ordem constituída e na Segunda, regime opressor. O
que uma pessoa chamasse de culto, devoção, o adversário diria: crendice,
fanatismo, fazendo juízo analítico. Um diz: O clero; o outro: Os padres;
Fervor religioso/ fanatismo; Caso amoroso/ Adultério, etc…
13) ALTERNATIVA FORÇADA: Uma tese e a apresentação da contrária para
que o adversário escolha, ou se não o fizer aceitará a nossa tese. Um
homem tem de fazer tudo o que seu pai lhe ordene- Deve ou não obedecê-lo?
Se por frequencia em muitos ou poucos casos. Ele dirá: “muitos”.
Cinzento ao negro, branco ao negro.
14) FALSA PROCLAMAÇÃO DE VITÓRIA: Respostas tolas por parte do
adversário. Se ele for tímido ou tolo, e nós tivermos bela voz o golpe
poderá funcionar. Fallacia non causae ut causae (tratar como prova o que
não é prova).
15) ANULAÇÂO DO PARADOXO: Se não conseguirmos apresentar uma proposição
e prová-la, pedimos ao adversário que a aceite ou recuse. Se ele a
recusar- redução ad absurdum, condução do absurdo, triunfaremos; Se ele a
aceitar, já poderemos protelar a conclusão. (Mudar de assunto nos dois
casos).
16) VÁRIAS MODALIDADES DO ARGUMENTUM AD HOMINEM: Argumenta ad hominem ou
ex concessis- se o adversário fizer uma afirmação, nós o perguntaremos se
não está em contradição, com os princípios de uma escola ou seita, ou com
a conduta dele. Se ele falar em suicídio, nós o atacamos: “Porque você
não se enforca?”; Se ele afirmar que Berlim é uma cidade incômoda, nós
lhe diremos: “Porque você não vai embora na primeira diligência?”
Semelhantemente, isto nos acontece queiramos ou não.
17) DISTINÇÃO DE EMERGÊNCIA: Se o adversário nos acossa com uma prova
contrária à nossa, (no caso de desonestidade psicológica) podemos nos
salvar mediante alguma distinção sutil, caso a questão admita algum tipo
de dupla interpretação ou nos dois casos diferentes.
18) USO INTENCIONAL DA MUTATIO CONTROVERSIAE: Se notamos que o
adversário faz o uso de uma argumentação que nos abaterá, devemos desviar
o rumo da argumentação, interrompê-la e sair dela e levá-lo à outra
questão- mutatio controversiae.
19) FUGA DO ESPECÍFICO PARA O GERAL: Adversário nos pede alguma
objeção contra um fato e nós não dispusermos de nada apropriado,
enfocaremos o tema atacando-o assim. Hipótese física é crível,
ilustraremos com muitos exemplos, sob a incerteza geral do conhecimento
humano.
20) USO DA PREMISSA FALSA PREVIAMENTE ACEITA PELO ADVERSÁRIO: Se já
interrogamos o adversário e ele se calou, nada mais à questioná-lo.
Tiraremos as nossas conclusões. Isto é um uso da fallacia non causae ut
causae.

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